sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Não quero



Não quero escrever mais para ti, nem ler mais nada de ti, nem te ver, nem sentir-te por perto.
Não quero desejar-te mais, nem esperar por ti.
Não quero ouvir-te dizer o quanto te preocupas com o facto de eu não estar bem.
Não quero mais pensar que amo um monstro que fez de mim uma boneca de trapo.
Quero o conforto que encontrei em braços de respeito e a calma que tenho ao caminhar pelo passeio sozinha.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Gone away


Far away you've gone, and left me here
So cold without you, so lonely dear
May June July I count the time
Every minute I go takes the smell of your clothes further away

'Cause you've gone away
Where there isn't a telephone wire
Still I wait by the phone
You don't even write to say goodbye
Goodbye

I have saved every piece of paper
Like grocery lists & note cards
To do lists & race scores
So just in case you change your mind
& come back, I've kept everything safe

While you're gone away
Where there isn't a telephone wire
Still I wait by the phone
You don't even write to say goodbye

Get me out get me off
This is a ride going nowhere
But somewhere that I despise
Going nowhere to end up with a tearful
I don't wanna go on
With these pieces of paper
That you've left behind for

This is a ride going nowhere
But somewhere that I despise
Going nowhere to end up with a tearful
I don't wanna go on
With these pieces of paper
To keep me company in my old age

While you're gone away
Where there isn't a telephone wire
Still I wait by the phone
Why don't you write to say goodbye
Goodbye

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

C'est la vie


Já lá vão 16 anos e depois de tantas relações que tive continuas aqui, mesmo quando eu chegava a casa com o cheiro de alguém pelo corpo, tu não tinhas problemas em sentar-te no meu colo e vir dar o teu beijo de boas vindas. Ainda hoje eu saio num dia volto dias depois e tu vens sempre à porta dar-me o teu abraço, das-me mais amor do que qualquer humano foi capaz de dar, se calhar, conheci os humanos errados. Para ti o amor chega, mesmo quando eu te usava como esfregona no chão ou te apertava o focinho só para te ver irritado. És supostamente uma espécie inferior, mas para mim estas bem superior a qualquer pessoa que tenha dito que me ama, pelo menos por enquanto. Como alguém diz: C'est la vie. Ao menos tenho-te a ti cãozinho.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Folhas


Sou as folhas sobre o chão que pisas, quando corres para longe de mim.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Undress


"Can I undress me mistress?"

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Alma


Perdi a minha alma, se alguém a encontrar por favor contacte 914157684. Ofereço recompensa.

sábado, 1 de maio de 2010

Lágrimas, cristais e pedras preciosas




Amar pode ser muita coisa
Uma nota mais fina
Uma palavra mais doce
Um olhar mais meigo
Magoar pode ser catastrófico
Pode mudar tudo
Mas só o amor pode mudar o magoado
Não chores lágrimas de tristeza
Por uma amor que não perdeste
Sorri por um amor que dura 
E transforma as tuas lágrimas em cristais e pedras preciosas
Que brilham como os teus olhos quando amas e és amada!

16/04/2010 03:03 AM

sábado, 20 de março de 2010

Palavras em tons de bordeaux



palavras talhadas de prata, algumas de cobre, outras latão e há também palavras que seja qual for o material são mais valiosas que ouro.
palavras que não interessa como são ditas mas sim quem as diz.
Palavras como um amo-te ou um simples gosto de ti, talhadas com a mais doce ternura e banhadas com todo o amor que tenho por ti.
Palavras pequenas, simples e directas ao coração.
As palavras que digo, escrevo e penso, feitas especialmente para ti, com um toque do mais sedoso timbre que a minha voz te pode dar e os meus olhos podem expressar.
Palavras que dizem tudo o que um olhar transmite.
Simples palavras de amor de mim para ti.

In Bordeaux, por DanielleNoir

Céu vermelho


É noite, o vermelho do céu cega os meus olhos fechados.
A chuva seca dá-me sede só de a ouvir cair.
Ouço passos leves, de alguém ou talvez algo que se aproxima.
Assustada tento voar, mas nao tenho asas e a ilusão da chuva matar-me-ia.
O vermelho do céu cega e cai sobre mim. A lua cheia observa sem se mover.
O vermelho do céu cega e sai do meu corpo e a luz cheia observa sem se mexer.
Os cristais nas minhas mãos, brilham com um brilho metálico, sujo do vermelho do céu.
No meio da lua, do céu e do brilho, sangue e derramado no vermelho metálico dos meus olhos.

in Bizarro, por DanielleNoir

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Dei por mim





Um dia dei por mim só. Enfiada num quarto onde nada me era familiar, com uma almofada que não tinha o meu cheiro, com uma caneta abandonada e um pedaço de papel do chão.
Desfeita em lágrimas, sem saber para onde ir, sem saber o que fazer, só as memorias me restavam. Memórias dum tempo em que a palavra amor era aveludada, memorias dum tempo longo que me pareceu escasso, dum tempo que terminou nas mãos de quem amava. Com uma palavra tão simples como: “desisto”, o meu mundo desabou. A luz do sol tornou-se agoniante, o barulho ensurdecedor, as pessoas assustadoras, como se tratassem de demónios prestes a consumir-me.

Já pouco papel me resta e eu não consegui dizer nada, tornei-me instável, sorrio, choro, tenho ataques de raiva, fico melancólica, nostálgica, nada mais que um turbilhão de emoções que me matam.

Não deixei de amar…nem de ser amada, mas sofro, sofro em silêncio, pela guerra que não quiseste travar comigo. Rendo-me e deixo-me amarrar, porque o amor é libertador e a felicidade não pode ser apenas minha.

Não percebo, e provavelmente nunca o conseguirei fazer, o silêncio consome-me a medida que me esqueço dos sons das palavras e percebo, que falar se tornou doloroso e incompreensível. Como se tratasse de uma transformação horrorizante, que me corrói, da pele à alma.

Não percebo nem nunca vou perceber, porque e que havendo amor te tenho de perder.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Troca-me por miúdos




 
Pedes-me que te diga palavras inexistentes
Pedes-me ”troca-me por miúdos o que sentes”
E eu procuro nas palavras que sei que não existem
Eu procuro explicar os sentimentos que persistem
Pedes-me as palavras do nada
Pedes-me sentimentos grandiosos
Pedes-me loucuras
Pedes-me tudo
Pedes-me o inalcançável
Pedes-me o que eu sei ser inigualável
E no meio de letras de palavras que escrevo
E eu te digo
Estas forças que na alma sinto
Não se escrevem
São forças da natureza
Que trago neste meu recanto corporal
Que insiste em bater
São forças da natureza meu amor
Forças que sinto
E tenho prazer em dizer
Porque é amor
E não minto
Desfazer-me de ti é morrer.



Écrit par Danielle Noir pour H.